Nutricionista ensina como evitar as armadilhas na hora de escolher um produto
No jogo contra a obesidade infantil, as famílias buscam alimentos que ajudem suas crianças na perda de peso e no ganho de saúde. Escalados todos os dias, porém, produtos aparentemente saudáveis contribuem para o resultado inverso. Para a nutricionista Daniela Lasman, do Hospital Metropolitano, a regra é clara: uma dieta campeã deve incluir preferencialmente alimentos nutritivos e preparações caseiras, deixando itens industrializados para situações esporádicas.
Como exemplo, ela cita os produtos light, pouco recomendáveis para crianças: “Os adoçantes artificiais são obtidos, geralmente, do petróleo ou de alguma reação química. Fazem nosso organismo liberar cortisol, hormônio do estresse associado ao aumento da gordura corporal. Além disso, nossas células não reconhecem o adoçante como glicose e demandam uma ingestão maior de carboidratos nas refeições seguintes”.
Veja exemplos do que, em excesso, pode jogar contra a saúde das crianças:
Achocolatados: mesmo as versões light têm muito açúcar. Para dar sabor ao leite, a melhor opção é usar cacau em pó sem açúcar ou frutas batidas.
Barrinha de cereal: dispense aquelas cujo primeiro ingrediente listado no rótulo for açúcar, glicose de milho, xarope de glicose ou glucose. Prefira as barras à base de frutas ou cereais.
Cereais matinais: enriquecer o café da manhã com cereais é ótimo desde que sejam realmente boas fontes de fibras. Confira no rótulo. Prefira os que não contenham açúcar ou que sejam adoçados com açúcar mascavo e orgânico.
Gelatina: contém muito açúcar e corantes. A tartrazina, por exemplo, está ligada a problemas respiratórios. O ideal é comprar gelatina incolor ou à base da alga agar-agar e usar suco de frutas para dar cor e sabor.
Iogurtes: produtos do tipo petit suisse não valem por bifinho! Contêm açúcar, corantes e grande quantidade de gordura saturada. Use iogurte desnatado batido com fruta fresca.
Margarina: tem teor menor de gorduras totais, mas é rica em gordura interesterificada, obtida a partir da mistura de gorduras trans com óleos vegetais líquidos. Isso também ocorre com a gordura vegetal hidrogenada encontrada em outros produtos. Essas gorduras estão relacionadas com diabetes, aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do bom (HDL). Alternativas para passar no pão são patê de ricota caseiro, azeite com ervas ou geleia de fruta natural.
Pão e biscoitos integrais: alguns alimentos ditos integrais têm como primeiro ingrediente listado ─ eles vêm em ordem decrescente de quantidade ─ a farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico. Prefira os que têm com primeiro ingrediente farinha integral ou cereais.
Sucos em caixinha: devem ser consumidos com moderação. Néctares contêm muito açúcar. Alguns chegam a ter 4,5 colheres de açúcar por copo. Bebidas à base de soja são ricas em isoflavona, componente que se assemelha ao hormônio estrogênio, associado à puberdade precoce e ginecomastia (crescimento das mamas no sexo masculino). Opte por sucos integrais orgânicos ou que não contenham conservantes e corantes.
Fonte: Saúde360