Nesse mês disponibilizamos 10 novas resenhas literárias.
ABRAÇOS BEIJADOS, BEIJOS ABRAÇADOS – Jonas Ribeiro
O vizinho que ouvia o rádio agora mia e late no telhado. A marchinha de Carnaval, tão barulhenta, se apaixonou por um silencioso psiu. A ambulância e o palhação vão passear no Himalaia, enquanto a sirene e a buzina vão à praia. Em breves poemas, Jonas Ribeiro brinca com palavras de modo a causar uma reviravolta na ordem das coisas. É por meio dessas situações inusitadas e divertidas que os leitores percebem sons, rimas e se deparam com diferentes formas de versos.
A VIAGEM DE FOFO – Telma Guimarães
Fofo era um cachorro muito amado por seus donos. No entanto, um dia, fez uma viagem da qual não voltou mais. Todos, tristes, começaram a lembrar dos bons momentos que viveram ao lado de Fofo. Eram tantas as histórias… Algumas homenagens foram feitas ao cãozinho e até Betinho, que repetia tudo o que seu irmão dizia, fez suas considerações. Mas algo novo virá para recuperar um pouco da tristeza que a ausência de Fofo causou.
A MINHOCA FILOMENA – Marcia Gloria Rodriguez Dominguez
Filomena não estava satisfeita em ser minhoca e ficar por aí rastejando e morando em um buraco, mas, quando resolveu reclamar da sorte, percebeu que a vida não era tão ruim assim… Não fosse sua casa um buraco na terra, a essa altura já estaria enchendo o papo do carijó.
A REVOLTA DAS ÁGUAS – Maria Cristina Furtado
Iara e Guilherme são duas crianças brasileiras que foram levadas para outro mundo, onde encontrarão com crianças de diversos países. Além de estarem longe de suas casas, todas elas serão surpreendidas com a visita de Poseidon, o Deus dos mares, que as convocará para uma missão: comunicar a seus governantes a enorme necessidade de salvar o planeta da poluição das águas e das mudanças climáticas. Com essa responsabilidade, uma grande aventura pelo mundo se inicia em busca de um objetivo: ajudar o planeta Terra. O livro vem com um CD com as músicas que animam e complementam essa fantástica aventura.
O CÁGADO E A FRUTA – Rosinha
As fábulas indígenas são importantes joias da literatura oral brasileira e transmitem aos seus leitores inúmeros aprendizados. O cágado e a fruta, recontada por Rosinha trata da história de uma fruta muito especial, desejada por todos. No entanto, apenas os que sabem seu nome podem comê-la. A feiticeira, a única da floresta que sabe o nome da fruta não ajuda ninguém e algo inusitado sempre acontece a todos aqueles que a procuram para tentar descobrir o tão famoso e ao mesmo tempo desconhecido nome. Porém, o cágado, muito esperto, sabe uma forma de não esquecer a preciosa informação, mas alguns acontecimentos aguardam o animal.
NO PAÍS DO VOALÁ – Suppa
O país do Voalá-Purquapá era cheio de blá-blá-blá e de lenga-lenga, ou seja, falava-se pelos cotovelos. Porém, todos seus habitantes aprenderam que falar muito nem sempre é bom. Com o uso de ditados populares como “Em boca fechada não entra mosca.”, “Quem fala o que quer ouve o que não quer.” e “A palavra é de prata e o silêncio é de ouro.”, Suppa transmite de maneira divertida uma importante lição: devemos prestar atenção nas coisas que dizemos aos outros.
A CANÇÃO DE BRISA – Tania Alexandre Martinelli
Brisa é uma jovem inconformada com as atitudes do prefeito de sua cidade. Ela adora música, mas o prefeito proíbe todos os moradores de cantar. O motivo? Ninguém sabe. O que se sabe é que, além de cantar, os moradores estão proibidos de entrar no bosque e de dançar no baile. No entanto, Brisa se enche de coragem e, determinada, toma uma atitude que pode mudar o rumo das coisas.
CORRA, BERNARDO, CORRA! – Luís Dill
Bernardo precisa sair do prédio onde mora o mais rápido possível, mas o elevador não funciona e então precisa descer as escadas. Como o garoto conhece quase todo mundo no prédio, os moradores vão atrasando a sua fuga: cada um quer contar uma história, fazer um pedido de ajuda ou simplesmente conversar. Esta singela e criativa história de Luís Dill, ilustrada por Michele Iacocca, guarda uma surpresa muito especial para o leitor.
CATINGA NA PENSÃO PIRAPITINGA – Claúdio Martins
Na pensão da dona Pirapitinga, os moradores não aguentavam mais o terrível fedor que tinha invadido o lugar. Como não sabiam de onde vinha tamanho mau cheiro, todos resolveram investigar o caso e buscar uma solução para esse problema que tanto os atormentava. Bem-humorada, esta narrativa do escritor e ilustrador Cláudio Martins está recheada de rimas, trocadilhos e muitas surpresas. É impossível não se divertir com esta história.
TEMPO DE CAJU – Socorro Acioli
Porã era um curumim que adorava caju. Mas os cajueiros exigem paciência, pois só dão frutos uma vez por ano. Assim como todos os índios da sua tribo, a cada safra, Porã marcava a passagem de um ano guardando uma castanha em sua cabaça. Junto dela, conservava uma outra cabaça, que o avô lhe deixara como herança. Quando tinha sete anos, Porã teve de fugir junto com sua tribo da invasão de um povo inimigo. Mal sabia ele que, ao final daquela longa jornada, depois de inúmeras safras, os cajueiros lhe reservavam uma grande surpresa. Com as belíssimas ilustrações de Mauricio Negro, Tempo de caju é uma história inspirada numa antiga tradição dos índios brasileiros e recriada de forma poética por Socorro Acioli.