Quando as crianças manipulam brinquedos, elas têm a chance de reproduzir, transformar e até negar situações que vivenciam. Também colocam em cena o que desejam conhecer
Quando as crianças manipulam brinquedos, elas têm a chance de reproduzir, transformar e até negar situações que vivenciam. Também colocam em cena o que desejam conhecer.
Esse poder de experimentação não é inerente aos objetos. Guardados em armários ou caixas, eles não são nada mais do que simples produtos.
Mesmo que sejam carregados de traços culturais, os brinquedos só têm a capacidade de proporcionar novas vivências quando são usados por alguém.
“Não se deve esperar que eles condicionem a ação dos pequenos. Na verdade, são suportes e sempre estarão sujeitos a novos significados”, diz Gisela Wajskop, diretora do Instituto Superior de Educação de São Paulo – Singularidades, na capital paulista.
Justamente por causa dessa mistura, entre os significados culturais e a liberdade inventiva, é importante ter muitos brinquedos na escola, ao alcance da turma. Quando carrinhos, panelinhas, bonecas e blocos de construir, entre outros, são objetos do brincar, as crianças ganham a chance de explorar a realidade, conhecer valores diferentes dos seus e inventar o próprio universo.
Nessa dinâmica – como ocorre com os jogos e com as brincadeiras também -, o papel do educador tem de ser múltiplo. O trabalho deve começar pela organização de um acervo. As opiniões das crianças – quais os brinquedos de que elas mais gostam? E quais não conhecem? – é tão importante quanto a diversidade de itens. Depois, é fundamental saber agir. Em alguns momentos como observador e em outros como agente que enriquece a situação, sugerindo novos usos e contextos às peças.
NOVA ESCOLA apresenta cinco tipos de brinquedo – voadores, bonecas e bonecos, meios de transporte, blocos de construir e tradicionais. Conheça mais sobre eles e depois experimente observar o acervo da escola com um novo olhar.