Enquanto os sites de previsão do tempo anunciavam: – Olha a chuva! a escola inteira respondia: – É mentira! E nesse clima de bom humor aconteceu nossa festa junina de 2011, no sábado, dia 18.
Alguns dias antes da festa, as bandeirinhas já enfeitavam o pátio da escola, espalhando pelo ar um colorido diferente que inspirava alegria, vontade de cantarolar as cantigas de São João e também de ser um pouco bocó, no sentido colocado por Manoel de Barros, para quem bocó é sempre alguém acrescentado de criança, que fala com sotaque das suas origens.
E como é bom ser bocó! Brincar de falar de um jeito mais mior e relembrar as vestimentas e costumes dos nossos antepassados, que já não cabem no contexto de sociedade moderna em que vivemos, mas são parte da nossa identidade cultural.
Mais uma vez, a Trilhas conseguiu resgatar toda essa cultura do festejo junino do nosso folclore – desde o espaço em contato com a natureza, passando pelo visual singelo da decoração (simples e bonito) até as barraquinhas com as prendas e com os comes e bebes da quermesse, celebrando a fartura dos alimentos da estação: pipoca, pinhão, paçoquinha, canjica, milho verde, quentão…
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Sinhozinhos muito alinhados, de camisa, lenço e chapéu, e lindas sinhazinhas de vestidos floridos, laços e fitas, com maquiagem bem marcada e penteados especiais enfeitaram ainda mais a festa. No palco especialmente montado, as crianças sapatearam o dia inteiro (pela manhã os menores, à tarde, os maiores) e apresentaram lindas danças juninas, acompanhados pelas professoras e pela Silviane, que dá aulas de Movimento Criativo e ensaiou as coreografias com as turmas.
Se uma festa pra ser boa mesmo, precisa de animação, neste quesito nossa festança foi de tirar o chapéu! Sob o comando de Nélio Spréa, ao lado do grupo musical Cai Cai Balão, do professor Paulo de Nadal, dificil mesmo foi ficar parado.
Ainda mais quando o Boi Trilheiro passou pelo pátio da escola e levou toda a gente atrás para entender direito a história de uma certa dona Catirina, que vive nas redondezas da quermesse, e toda vez que fica grávida tem vontade de comer lingua de boi. Neste ano porém, o desejo da dona foi outro. A história é comprida e envolve uma vaquinha chamada Salomé, que tem um dom especial de fazer… ops, não dá pra contar.
É feio fazer fofoca, inda mais num ambiente virtuar! Se ficá muito curioso pra saber o fim dessa história, se acarme, que o ano que vem tem mais arraiá na Trilhas!
Obrigado a todos que participaram, pais, alunos, professores e funcionários! Obrigado Nélio, Paulo e a todos os músicos!
Veja o vídeo do evento: