Introdução alimentar do bebê

Introdução alimentar do bebê

Descubra quando seu filho pode comer frutas, carnes, legumes e outros alimentos

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Depois que completam seis meses de vida, os bebês não precisam mais ser alimentados exclusivamente com leite materno — a amamentação passa a ser complementar, mas continua sendo a principal fonte de nutrientes no primeiro ano de vida, conforme ressalta a nutricionista Alice Carvalhais, do Instituto Mineiro de Endocrinologia (MG). Nesse momento, porém, uma série de novos alimentos entra no cardápio da criança.

A introdução deve ser feita de maneira gradual e exige paciência dos pais, pois, durante a adaptação, é possível que a criança faça cara feia, chore e até cuspa certos alimentos. Entretanto, esse comportamento não significa que recusará para sempre determinado item. “A reação inicial não serve de parâmetro para definir se a criança gostou ou não do sabor. No começo, é esperado que estranhe o gosto, a textura e a consistência da comida, já que estava acostumada apenas com o leite”, justifica Alice.

Aos 6 meses, os seguintes itens podem ser incluídos na dieta do seu filho: água, qualquer fruta, brotos, legumes, verduras, alimentos com glúten, como macarrão, ovo (clara e gema cozidos), carnes de todos os tipos, incluindo de peixe e de porco, e vísceras, de preferência orgânicas. “O recomendado é que seja apresentada para a criança a maior variedade possível”, aconselha a nutricionista. Segundo ela, dos 4 aos 7 meses, o sistema imunológico responde melhor a alimentos considerados alergênicos. Ou seja, introduzi-los desde cedo ajuda a prevenir as alergias alimentares mais para a frente.

Comece pelas papas de frutas, intercaladas com as mamadas, e depois introduza os alimentos salgados gradualmente, conforme a orientação do pediatra. O sal deve ser evitado até, pelo menos, os 9 meses. Já o leite de vaca e seus derivados, como queijos e iogurtes, só devem ser dados à criança depois de ela completar 1 ano de idade, pois atrapalham a absorção de ferro. Doces, como chocolate e gelatina, podem ser introduzidos a partir dos 2 anos, sempre com moderação.

De acordo com a nutricionista Alice Carvalhais, investir em uma alimentação saudável nos dois primeiros anos de vida é muito importante para que o seu filho desenvolva hábitos alimentares adequados. “Até os 2 anos, a criança desenvolve seu paladar. Por isso, quanto menos sal e açúcar houver nas refeições, melhor, para que ela não fique acostumada a sabores muito açucarados ou salgados, o que não é nada positivo e exigiria uma reeducação alimentar posteriormente.” Depois dos 2 anos, o organismo já se torna mais preparado para digerir qualquer tipo de alimento, mas as escolhas saudáveis continuam sendo prioritárias.

Fonte: Revista Crescer.

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