Guardar para o futuro

Guardar para o futuro

Investir desde cedo para o seu filho pode ser uma boa opção

Por Marianna Perri, filha de Rita e José

Pensar no futuro do seu filho assim que ele nasce pode parecer um plano distante, só que uma pequena economia desde os primeiros meses de vida dele podem garantir um ótimo futuro financeiro para os estudos, um carro, ou até para a aposentadoria dele.

Ter um objetivo para o seu filho (que pode ainda nem ter nascido) é o primeiro passo para quem pensa em comprar um produto de previdência privada para o futuro. E este objetivo pode ser um carro, o colégio, a faculdade ou a aposentadoria. O importante é estipular um período de investimento para analisar qual fundo trará mais retorno – quanto mais longo ele for, mais resultados a família terá.

As taxas de investimento variam de acordo com o banco, mas existem dois planos de previdência básicos: o PGBL e o VGBL, que dependem da declaração de imposto de renda que os pais (ou o responsável pela previdência) faz para a criança.

O PGBL é mais indicado para aqueles que fazem a declaração completa, de até 12%. Neste caso, o pai declara a previdência do filho até os 18 (ou até os 23, caso ele ainda estude) e abate o valor da própria declaração, podendo reinvestir o valor que deixou de pagar para o governo.

Já o VGBL é indicado para quem faz a declaração simples de Imposto de Renda, com o desconto padrão. Como, neste caso, não é possível declarar nem o plano de previdência, ele é tributado apenas pelo rendimento. Este é o plano mais comum, já que não existe o imposto de 20% a cada seis meses e ainda há duas formas de investimento: a progressiva ou regressiva.

No investimento progressivo, não importa o prazo, mas sim o que você recebe – ou seja, o seu salário é tributado seguindo as cinco faixas salariais, independente do período de investimento. Já no regressivo, a alíquota do imposto de renda deixa de ser feita pelo valor recebido e passa a levar em conta o tempo: a tributação começa aos 35% e segue até chegar aos 10%. Esta é a melhor opção para quem planeja investir para o futuro do filho.

Os planos de previdência são livres, e você pode resgatar parte ou o valor total a qualquer momento (respeitando apenas os 60 dias de carência que os bancos costumam pedir). Você pode escolher se prefere resgatar todo o valor depois de um período (por exemplo, passar o plano para o seu filho quando ele se tornar maior de idade) ou planejar retirar um valor por mês. Neste caso, o responsável pelo fundo é a pessoa quem fez o plano.

Existem outras opções que complementam esta renda, principalmente em caso de falecimento dos responsáveis. As seguradoras geralmente oferecem planos com um componente técnico: você entrega a renda para o banco por um período determinado, sem poder retirar o valor, mas tem a garantia de que receberá uma renda fixa mensal vitalícia depois deste prazo.

Neste caso, a seguradora assume o valor, mesmo que o fundo termine antes (por exemplo: você assinou um plano de previdência para o seu filho, estimando que ele falecesse aos 80 anos, mas ele vive até os 100. O banco tem a responsabilidade de garantir que ele receba o “salário” até o fim da vida, mesmo que as economias não sejam suficientes).

Os seguros de vida também dão segurança para os filhos, no caso de algum acidente ou morte dos pais. Eles costumam ter um valor menor do que aqueles pedidos nos planos de previdência (de acordo com o banco), e garantem que um valor específico seja pago aos dependentes ou beneficiários. Já existem planos que cobrem morte, incapacidade temporária, desemprego ou invalidez.

Veja a descrição de alguns planos e programe-se:

Faculdade
Se a criança acabou de nascer, e irá se formar por volta dos 23 anos, com R$ 100 por mês no plano de previdência, ela terá R$ 58.200 na idade universitária.

Aposentadoria
Quanto antes os pais (ou o filho) começar a poupar para a aposentadoria, melhor. Se o investimento for de R$ 100, dentro de 50 anos, o valor total poupado será de R$ 359.625,39 – isso no caso de um investimento menos agressivo, com rentabilidade líquida de 6%. No caso de um investimento mais agressivo, de 12%, a reserva ultrapassará os R$ 3 milhões em 50 anos.

FONTE: Revista Pais e Filhos

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