Aos 20, 30 ou 40, tudo vai depender do estilo de vida da família
Até pouco tempo, era comum ter filhos na faixa dos 20 anos, período considerado fisicamente ideal para a gravidez. Mas, hoje em dia, essa escolha está sendo prorrogada cada vez mais, de acordo com dados do IBGE. Em São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, por exemplo, um em cada dez partos são de mulheres com idade entre 35 e 39 anos. A principal motivação que leva as mulheres a adiar o sonho da maternidade é, sem dúvida, a carreira profissional. Para a médica Carla Góes Pérez, autora de Mãe… E agora? (Ed. Senac), entre outros livros sobre maternidade, vale a pena esperar. “Quanto mais estável a mãe, tanto financeira quanto emocionalmente, mais curtida será a gestação”, afirma.
Quanto antes, melhor?
Depende. Aos 20 e poucos anos, a maior vantagem em engravidar diz respeito à saúde. Os riscos de doenças como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia são menores nessa fase. No entanto, considerando que atualmente existe um prolongamento da adolescência, a falta de maturidade pode atrapalhar em algumas situações. Para começar, como muitas provavelmente não programaram a gravidez, deixaram de tomar certas medidas preventivas importantes antes de engravidar. Entre elas, a ingestão de ácido fólico antes de engravidar (para evitar malformações neurais no bebê) e algumas vacinas.
Por volta dos 30 anos é o período mais prático para engravidar, digamos assim. Pois, ainda que os óvulos sejam um pouco mais velhos, a estabilidade financeira traz outros ganhos que influenciam o bem-estar geral. “Quando a gestante se sente segura sobre o futuro do filho, tende da ficar menos ansiosa”, afirma Carla. Por isso, as chances de engordar são menores, assim como de outros problemas causados pela obesidade. Nessa faixa etária, segundo a especialista, as mulheres também podem se dar ao luxo de gastar com massagens, ginástica e nutricionista.
Após os 35 anos, entretanto, os obstetras já consideram a gestação de risco, mesmo que esteja tudo bem com a mãe e com o bebê. A partir dessa idade, existe uma queda significativa da fertilidade da mulher. Além disso, o risco de síndrome de Dowm também cresce de acordo com a idade da mãe: aos 20 anos, é de 1 para cada 1.600 nascimentos, enquanto que aos 36, de 1 para cada 300. A medicina, porém, tem acompanhado as mudanças sociais e oferece alguns recursos para ajudar as mulheres que adiam a gravidez, como o congelamento de óvulos e a fertilização in vitro. “Mas nada é tão importante quanto ter hábitos saudáveis, tanto para manter a fertilidade quanto para ter uma gravidez tranquila”, conclui Carla.
Independentemente da idade materna, um pré-natal adequado é fundamental para prevenir e tratar problemas que podem surgir em qualquer gestação. E a emoção também vai ser a mesma aos 20, 30, 40…
Fonte: Natura Mamãe e Bebê