Cuidado com o que seu filho está bebendo

Cuidado com o que seu filho está bebendo

milkÉ muito comum chegar por aqui reclamações de mães e pais dizendo que seu filho (com mais de um ano) não come. Aprofundando a conversa, descobrimos que entre esse “não comer”, temos geralmente uma mamadeira de 250 ml de manhã, outra de tarde e novamente uma antes de dormir – muitas vezes mais mamadeiras em outros horários. Faça a experiência: tome um copo de 250 ml de leite no café da manhã e veja como ficará seu apetite para o resto da refeição. Agora pense que o estômago do bebê e beeeem menor do que o seu.

A questão principal que quero alertar é que não prestamos atenção no que as crianças bebem. No caso que citei acima, o resultado é uma criança que não come porque ingere leite em excesso, em uma idade que já não precisaria mais de uma quantidade tão grande. O leite invade o espaço que seria da comida e, lógico, a criança não tem fome de mais nada.

Uma pesquisa apresentada no 13º Congresso Paulista de Pediatria, que participamos, mostrou que a preocupação com os líquidos é realmente verdadeira. Segundo o estudo Liquid Metrics Brasil Infância e Adolescência, realizado por profissionais da USP e Faculdade de Medicina do ABC, as crianças e adolescentes optam por ingerir liquidos açúcarados ao invés de água para matar sua sede, conforme a idade avança. E isso contribui muito para o aumento de peso e obesidade. Observe na tabela abaixo, a quantidade de água e bebida açucarada que as crianças ingerem em cada faixa etária segundo os resultados da pesquisa:

Faixa etária Água Bebida Açucarada
3 a 6 anos

31%

27%

7 a 10 anos

33%

31%

11 a 17 anos

34%

38%

Vale lembrar que bebida açucarada é tudo aquilo que precisa da adição de açúcar, e que vai desde sucos caseiros até os industrializados e refrigerantes.

Não é para seu filho nunca mais ingerir suco, longe disso! Afinal, sucos de frutas, principalmente os caseiros que possuem apenas o açúcar das frutas quando é feito sem adição de outros tipos, oferece muitos nutrientes importantes para o desenvolvimento infantil.  Mas é preciso tomar cuidado se sucos industrializados e refrigerantes super açucarados não estão tomando o lugar de um líquido que é muito mais eficaz na hora de hidratar e matar a sede: a água.

Os cuidados devem ser redobrados quando a criança é do tipo que come mal (uma caixinha de suco vai roubar o seu apetite e necas a próxima refeição) ou quando ela começa a ficar acima do peso recomendado. Faça a experiência de anotar o tipo de bebida e as quantidades durante um dia e confira se precisa mudar alguma coisa na rotina do seu filho.

E para saber mais sobre o assunto, leia as duas matérias publicadas no Estadão ontem: a primeira detalha um pouco mais sobre essa pesquisa e mostra as ações do Ministério da Saúde sobre isso. A segunda conta o perigo oferecer refrigerante para criaças pequenas – um assunto que sempre me chocou depois de ver uma mãe dar coca-cola na mamadeira para um bebê de seis meses…

FONTE: Comer para Crescer

 

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