Páscoa: menos açúcar, com afeto!

Páscoa: menos açúcar, com afeto!

A Páscoa está chegando e, com ela, quilos e quilos de açúcar e peso extra na balança! Aproveito o momento oportuno para dar dicas de como desfrutar desta celebração em que um dos símbolos é o famoso ovo de chocolate!

Pesquisei sobre o significado da páscoa, o que ela representa, como as pessoas costumam celebrar e penso que é uma pena reduzi-la, muitas vezes, ao consumo exagerado de chocolates e doces recheados de açúcar que tem como consequência pontual e imediata o ganho de peso e, para a criançada, exemplos negativos de opções adocicadas. Etimologicamente, páscoa significa “a passagem”. Ok. Passamos normalmente bem, em família, unidos e, claro, comendo chocolate. E passamos muito tempo comendo o que ganhamos no dia da páscoa. O coelho representa a fertilidade e o ressurgimento da vida. Ok. Pensamos em renovação quando estamos escolhendo qual dos 4 ovos vamos abrir para devorar? O ovo representa o começo da vida. Ok. Agora sim! Podemos escrever uma nova história, ter uma nova vida, uma nova forma de lidar com este tipo de evento que, nutricionalmente falando, enquadro na mesma categoria das férias e do período que vai do natal até ano novo. Todos estes momentos normalmente as pessoas exageram tendo sempre uma justificativa: “Mas é páscoa!”, “Mas estou de férias!”. Ganham peso e depois se descabelam para perder. Podemos mudar esta realidade com dicas simples!

Quais são os primeiros dois ingredientes do chocolate que você vai comprar para presentear teus filhos, sobrinhos, netos, amigos, você mesmo? Açúcar? Leite? Mas o chocolate é feito de que mesmo? Se o cacau entra em terceiro lugar na composição do chocolate, você não está oferecendo o que ele realmente tem de bom e saudável. Vamos ficar de olho nos ingredientes! Hoje, sempre e para todos os produtos industrializados do universo!

Estes dias passei num lugar para comprar chocolate 70% cacau para a Tamara e ouvi da moça da loja: “Ah! É pra ela? Está em falta o chocolate para criança, o kinder ovo. Desculpe!”. Penso que se a criança já pode consumir chocolate, dê o verdadeiro. Kinder ovo, para mim, não é chocolate, tampouco chocolate “para criança”. Esta é mais uma propaganda bem feita pela indústria, assim como o danoninho, que vale por um bifinho.

Outro dia fui num lugar comprar chocolate para mim, sem leite e, na correria, peguei a opção que me sugeriram e saí da loja. Quando cheguei em casa, fiquei brava comigo mesma. O primeiro ingrediente era açúcar. Não consegui comer.

Enfim, se tiverem em casa opções em que o cacau venha em primeiro lugar, certamente não terão problema em consumi-lo diariamente!

Podemos também, se não tiver possibilidade de comprar chocolate DE VERDADE, presentear as pessoas com outros mimos que também passarão a mensagem de que nos importamos, de que queremos bem.

Se você estiver cuidando da saúde e não quiser ter a tentação de ter chocolate açucarado em casa ou outras guloseimas, vá avisando aos quatro ventos que está se cuidando, que já não é mais a mesma pessoa da páscoa passada… Numa dessas se surpreende com a reação das pessoas que podem inovar e te presentear com algo que você possa consumir sem culpa.

Queria escrever um pouco sobre as crianças na páscoa. Como nutricionista e Mãe, já vivi pelo menos 5 páscoas. A cada ano, eu tento melhorar a dinâmica para que as meninas não consumam produtos que não as estimulo a consumir, produtos que não tenho em casa, produtos que não contribuem para a saúde delas, que cuido tanto, durante 365 dias por ano. A dinâmica ideal (ainda não cheguei lá!) seria:

  • antes da Páscoa, combinar com as pessoas próximas (normalmente são os familiares, pessoas que temos intimidade) que este ano eles poderiam, se quiserem, presentear as crianças com outras coisas, que não sejam doces (livros, jogos, brinquedos, roupas). Isso ou pedir que comprem chocolate com o cacau em primeiro lugar no ranking dos ingredientes (pedido para os íntimos).

  • no dia da páscoa, se passarem em família, também é possível combinar a reunião de todos os presentes de páscoa numa cesta única para que sejam entregues num momento específico, que poderia ser depois do almoço. Assim garante-se o consumo da comidinha salgada do almoço e o doce viria como sobremesa, tudo de uma só vez. Já passei por páscoas que a cada 20 minutos minha filha recebia um doce diferente, abria e comia. Foi tanto o consumo que ela chegou a ter diarreia depois!!!! Depois disso, desenvolvi esta estratégia!

  • caso não consiga se organizar com os familiares no dia da páscoa ou ninguém te dê muita atenção, relaxe NESTE DIA. Deixe que deem, deixe que as crianças comam, deixe que passem mal (hehehehe) e depois, em casa, você junta tudo e define o que deve ficar visível e o que deve ser escondido ou até doado, pois muitas vezes a quantidade é absurdamente grande.

Falando em absurdamente grande, lembro de, numa ocasião, minha irmã, que não era “formiga” como eu, ganhar uma casinha enorme feita de chocolate. Eu ganhei também, mas comi tudo em 2 dias. Ela foi saboreando, um pouquinho a cada dia, até o dia em que vimos tudo mofar. Outra coisa que pode acontecer quando a quantidade é grande, é a pessoa “ficar na obrigação” (leia-se: com a desculpa) do consumo porque, enfim, ganhou tudo aquilo. Ninguém tem obrigação de comer tudo o que ganha. Vamos usar o filtro dos doces! Filtre o que você e tua família não puderem consumir e, por que não (?), o que não quiserem consumir.

Mais uma páscoa vindo e continuo com o mesmo pensamento de sempre! Não tenha em casa o que não puder comer todos os dias. Deixe os excessos para fora de casa, para os momentos de passeio, para as exceções.

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