Vacina da gripe chega neste mês às clínicas

Vacina da gripe chega neste mês às clínicas

     Laboratórios particulares recebem a dose da vacina no fim de março. Na rede pública, as doses estarão disponíveis em meados de abri

Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

    O outono começa no fim deste mês e o inverno ainda está longe, mas a vacinação contra a gripe vai começar em breve em algumas clínicas particulares. Na rede pública, a previsão para o começo da campanha é em meados de abril, mas ainda não há datas definidas, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), que orienta a população a ficar atenta às datas de vacinação.

     A gripe é uma doença altamente contagiosa que ataca as vias respiratórias como nariz, garganta e pulmões. Ela é causada pelo vírus Influenza, que sofre alterações todos os anos. Em 2013, foram confirmados 1.540 casos de gripe no Paraná, e ocorreram 61 mortes no estado. Neste ano, apenas um caso foi diagnosticado, segundo a Sesa.

    Na rede particular, a previsão para este ano é que todos os laboratórios particulares de Curitiba recebam as vacinas no fim do mês de março. Milton Zymberg, diretor do Frischmann Aisengart, revela que o laboratório já está se agilizando para começar o processo de imunização. A meta é oferecer 40 mil vacinas, 7 mil a mais do que no ano passado.

Preços

    De acordo com Zumberg, os preços ainda não foram definidos, mas deve ficar entre R$ 70 e R$ 80 a dose. Os interessados podem se cadastrar no site www.labfa.com.br. Assim que as vacinas chegarem, os clientes serão avisados. “A ideia é movimentar o assunto antes do inverno para que todos se programem para a vacinação. Não podemos deixar para a última hora, por isso a ideia do cadastramento no nosso site. Este é o segundo ano em que utilizamos esse método, que está dando muito certo. Assim, ficamos preparados para a demanda sem deixar faltar vacinas ou que se formem filas”, explica.

No Centro de Vacinação de Curitiba (Cevacine), por exemplo, os preços serão definidos após a chegada dos produtos. O mesmo ocorre com as outras clínicas da capital que tradicionalmente oferecem a proteção, como Alergoclin, Clínica Proteção, Clínica Paciornik e Centro de Vacinas do Hospital Pequeno Príncipe.

 Prevenção

 Quanto antes o paciente receber a dose, melhor

     Quanto antes a pessoa for imunizada contra a gripe, melhor. É o que explica o médico infectologista Jaime Rocha. “A vacina leva de duas a quatro semanas para gerar imunização, por isso é importante se proteger o quanto antes. Todas as pessoas com mais de 6 meses de idade devem se vacinar”, alerta.

    Segundo ele, as contraindicações do medicamento serão as mesmas dos anos anteriores. “As grávidas, lactantes, alérgicos às proteínas do ovo e seus derivados ou pessoas que estiverem gripadas e febris não devem tomar a vacina. Vale ressaltar também que todos devem consultar um médico para saber se estão aptos a se vacinar, pois o profissional saberá orientar se o paciente possui alguma restrição quanto aos componentes da vacina”, recomenda.

     As reações após a vacinação variam de pessoa para pessoa. “Há um mito que fala que a vacina causa gripe. É importante lembrar que ela é composta por vírus inativados, ou seja, eles não estão vivos e não causam sintomas de gripe, mas sim de resfriado que já podiam estar incubados no organismo. Estudos indicam que 1% das pessoas que tomam a vacina sente dores no corpo e cabeça, coriza e febre baixa. Entre 5% e 10% apresentam desconfortos no local da aplicação e indisposição”, explica Rocha, que esclarece ainda o grau de eficiência da vacina. “Ela é eficaz, mas não 100%. A vacina é feita de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, que identifica os vírus mais perigosos do momento. Portanto, se surge um novo, a eficácia é zero”.

Fonte: Gazeta do Povo

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