Criando meninos – sem perder a paciência

Criando meninos – sem perder a paciência

Não é novidade que os garotos, em geral, são mais agitados que as meninas. Aprenda como lidar com eles.

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Embora não seja regra, os meninos tendem a dar trabalho para os pais, por serem mais inquietos do que as meninas. “Alguns são naturalmente agitados enquanto outros podem estar ansiosos ou querendo chamar a atenção”, explica a psicóloga Ana Cássia Maturano. O motivo, como sugerem diversos estudos, seria a testosterona – hormônio que interfere no comportamento, cujo nível é maior no sexo masculino. Como lidar com eles, então? Para começar, punições – físicas ou verbais – estão fora de cogitação nesse contexto. O ideal, segundo a especialista, é primeiramente entender o que está por trás disso para poder ajudá-los.

Questão de limites

Claro que não dá para relevar tudo, com a desculpa de que “ele é menino, então, faz parte”. O diálogo, explicando as regras de maneira clara e direta, é a melhor maneira de dizer o que ele pode ou não fazer. “Antes de sair de casa, para ir ao cinema, por exemplo, os pais já podem combinar de antemão que a criança tem de respeitar a fila”, diz a psicóloga. E assim por diante.
Mesmo que não tenha armas de brinquedo em casa, os meninos podem surpreender os pais ao usar outros objetos para brincar de lutar ou combater. Mas, podem ficar tranquilos. Isso não significa que ele seja ou vá se tornar um adulto violento. “Está apenas extravasando a agressividade”, diz Ana Cássia, lembrando que uma das funções da brincadeira é criar possibilidades para as crianças lidarem com os próprios conflitos. Ou seja, é somente uma forma de aprender a conviver com o certo e o errado. Fiquem apenas de olho se a “luta” não saiu do plano da imaginação e se tornou real, para que ninguém se machuque.

Menino também chora, sim!

Outra maneira de amenizar a agressividade característica dos meninos é ensinando-o a expressar os sentimentos. Algo importante para que eles próprios possam reconhecê-los. “Às vezes, por não saber identificá-los, as emoções se transformam em conflitos internos, que ganham maior dimensão. Podem, então, se manifestar até mesmo com sintomas físicos, como dores de estômago”, diz a psicóloga. Por isso, vale a pena criar um espaço, digamos assim, para que a criança possa falar o que sente, seja positivo ou não, sem medo de ser punida. Assim, de acordo com a especialista, ela se sente mais confiante e não precisa demonstrar os sentimentos em ações.

E a bagunça, como fica?

Meio caótica e barulhenta, casa com criança, em geral, é sempre assim. Antes de perder a paciência ao tropeçar em uma pista de carrinhos no meio da sala, lembre-se disso. Para Ana Cássia, os quietinhos merecem mais atenção do que os bagunceiros, pois não estão correspondendo ao que se espera de uma criança. Claro que alguns são assim mesmo, mas também podem agir de tal forma por estarem sofrendo com alguma coisa. Então, em vez de reclamar das milhões de peças de blocos espalhadas pelo tapete, que tal sentar no chão e brincar junto?

Fonte: Revista Crescer.

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