Obesidade infantil dita início da puberdade

Obesidade infantil dita início da puberdade

obesidade infantil pode afetar a puberdade e diminuir a capacidade de reprodução, especialmente nas mulheres, sugere um estudo publicado no “Frontiers in Endocrinology” e citado pelo “Alert”.

“A obesidade é um problema recente em termos evolução, e uma vez que o estado nutricional é importante em termos de reprodução, a síndrome metabólica causada pela obesidade pode afetar profundamente a capacidade reprodutiva”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Patrick Chappell.

A comunidade científica ainda está a descobrir qual o impacto que a obesidade tem no início da puberdade bem como os seus efeitos no fígado, pâncreas e outras glândulas endócrinas. Apesar de haver variações naturais na progressão da puberdade, ainda não são claros os sinais que a controlam. Nos últimos anos tem-se verificado que a puberdade está a ocorrer mais cedo nas raparigas, ou seja, está a ser acelerada.

Na opinião dos investigadores da Oregon State University, nos EUA, esta antecipação da puberdade pode ter vários efeitos, nomeadamente numa neuro-hormona necessária para a reprodução, a kisspetina. Os níveis desta hormona podem estar a ser afetados pelos sinais endócrinos das células adiposas que estão envolvidas na comunicação com as células cerebrais.

Um outro efeito associado sobre a puberdade e reprodução em geral é a alteração do relógio biológico, que reflete ritmos normais do dia e da noite. A interrupção dos ciclos de sono e vigília pode afetar a secreção de hormonas, como o cortisol, a testosterona e a insulina.

“Qualquer interrupção do ritmo circadiano pode causar numerosos problemas e grandes alterações na dieta e no metabolismo podem afetar estes relógios biológicos”, explica o investigador. “A interrupção do relógio através da dieta pode ainda piorar o metabolismo, tornando os danos ainda maiores, bem como afetar o sono e a reprodução.”

Alguns estudos realizados em humanos constataram que havia uma associação entre a puberdade precoce e o risco de cancro no sistema reprodutivo, desenvolvimento de diabetes na idade adulta e síndrome metabólica. Por outro lado, a puberdade precoce tem sido associada a um aumento das taxas de depressão e ansiedade nas raparigas, bem como a um aumento do comportamento delinquente, tabagismo e experiências sexuais precoces.

Fonte: Pais e Filhos

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