Importância do brincar

Importância do brincar

11 motivos para seu filho se divertir muito

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Quando a criança brinca, ela está conhecendo o espaço e a consciência do próprio corpo.

 

1 – COMBATE À OBESIDADE

É notória a importância do brincar para que a criança se movimente, desenvolva a motricidade e mantenha o peso regular, combatendo a obesidade e o sedentarismo. A brincadeira ao ar livre é fundamental para que a criança explore espaços maiores, mexa-se mais, experimente variações climáticas, tome sol (lembre-se sempre da proteção e dos horários adequados), entre outros benefícios. Meia hora de pega-pega, por exemplo, gasta em média 225 calorias e o mesmo tempo de amarelinha representa 135 calorias. “A convivência com a natureza reduz a obesidade, o déficit de atenção, a hiperatividade e melhora o desempenho escolar”, afirma Daniel Becker, do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além disso, ao ter contato com ela – seja em parques, praças ou praias –, seu filho cria uma conexão prazerosa com o meio ambiente e estabelece uma relação de respeito com todos os seres vivos.

2. PERMITE O AUTOCONHECIMENTO CORPORAL

Quando o bebê bate palmas ou a criança anda de bicicleta, estão experimentando o que o corpo é capaz. “Se você permite que seu filho corra, tropece, caia e levante de novo, ele aprende sozinho sobre suas possibilidades e limitações”, diz Luciane Motta, da Casa do Brincar (SP). Na brincadeira, o ser humano começa a ter consciência de si mesmo.

3. ESTIMULA O OTIMISMO, A COOPERAÇÃO E A NEGOCIAÇÃO

Por que o brincar tem tanto valor, a ponto de estar previsto na Declaração Universal dos Direitos da Criança, do Unicef? Porque seus benefícios transbordam em muito o aspecto físico. É como se fosse uma característica inerente ao ser humano, defende o psiquiatra Stuart Brown, fundador do The National Institute for Play, na Califórnia (EUA). “Trata-se de uma necessidade biológica básica que ajuda a moldar o cérebro. A vantagem mais óbvia é a intensidade de prazer, algo que energiza, anima e renova o senso natural de otimismo”, diz. Algumas habilidades essenciais, que serão requisitadas também no futuro, estão na brincadeira, como cita o estudo O Impacto do Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem, do Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância: “À medida que as brincadeiras se tornam mais complexas, o brincar oferece oportunidades para aprender em contextos de relações socioafetivas, onde são explorados aspectos como cooperação, autocontrole e negociação”.

4. GERA RESILIÊNCIA

Uma das habilidades emocionais mais valorizadas hoje em dia também é desenvolvida no ato de brincar: a resiliência. Quando a criança perde no jogo ou o amigo não quer brincar da maneira como ela sugeriu, entra em cena a capacidade de lidar com a frustração, de se adaptar e se desenvolver a partir disso. Com essas experiências, ela aprende a administrar suas decepções e a enfrentar as adversidades.

5. ENSINA A TER RESPEITO

Relacionar-se com o outro é mais uma capacidade vivenciada na brincadeira. Ao interagir com os amigos, irmãos ou pais, a criança aprende a respeitar, ouvir e entender os outros e suas diferenças. Para isso, é essencial que ela possa brincar livremente, sem condições impostas por gênero. “O adulto que brincou bastante na infância é alguém aberto a mudanças, tem pensamentos mais divergentes e aceita a diferença com maior facilidade. No entanto, se uma menina só pode brincar de casinha e o menino, de carrinho, a brincadeira pode impactar para o mal”, lembra Gisela Wajskop, doutora em Educação e colunista da CRESCER.

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6. DESENVOLVE A ATENÇÃO E O AUTOCONTROLE

Seja para montar um quebra-cabeça, equilibrar-se em um pé só ou empilhar uma torre com blocos, essas habilidades serão aperfeiçoadas a cada brincadeira. Sem contar que serão empregadas desde muito cedo na vida do seu filho, seja na hora de fazer uma prova ou de resolver um conflito.

7. ACABA COM O TÉDIO E A TRISTEZA

Brincar ajuda a manter em ordem a saúde emocional – e as próprias crianças percebem esse benefício. Em um estudo realizado pela Universidade de Montreal, no Canadá, 25 meninos e meninas de 7 a 11 anos fotografaram e falaram de suas brincadeiras favoritas. Para eles, brincar é uma oportunidade de experimentar felicidade, combater o tédio, a tristeza, o medo e a solidão. “Quando pais, médicos e autoridades focam somente no aspecto físico da brincadeira, deixam de lado pontos benéficos para a saúde emocional e social”, afirma a autora Katherine Frohlic.

8. INCENTIVA O TRABALHO EM EQUIPE

Nos jogos coletivos, como o futebol e a queimada, a capacidade de se relacionar com os demais também exige que a criança pense e aja enquanto parte integrante de um grupo. Em um mundo como o que vivemos, cada vez mais conectado, essa habilidade se faz ainda mais importante. Trabalha-se cada vez mais com projetos (desde a educação nas escolas até as grandes empresas), nos quais tudo parte de um interesse coletivo e todas as etapas são desenvolvidas em conjunto – por isso, aprender a defender um time hoje pode ter grande impacto lá na frente.

9. INSTIGA O RACIOCÍNIO ESTRATÉGICO

Jogos de regra, como os de tabuleiro, põem as crianças em situações de impasse. Para solucioná-los, elas precisam raciocinar de maneira estratégica, argumentar, esperar, tomar decisões e, então, analisar os resultados. Ao solucionar problemas, elas vão tentar, errar e aprender com tudo isso – para que, na próxima rodada, possam fazer melhor, com mais repertório.

10. PROMOVE CRIATIVIDADE E IMAGINAÇÃO

Ao ler uma história, brincar de boneca ou construir um brinquedo com sucata, a criança desenvolve a imaginação. E, para isso, não precisa de muito: potes, galhos e panelas podem dar vida a tanta coisa! Foi o que mostrou uma pesquisa da RMIT University, de Melbourne, na Austrália, feita com 120 crianças de 5 a 12 anos. A conclusão é que itens como caixas e baldes incentivam mais a imaginação do que brinquedos caros. Isso porque esses materiais não induzem a uma ideia pronta.

11.  ESTABELECE REGRAS E LIMITES

Brincando, a criança reconhece e respeita os limites do espaço, do outro e de si mesma. E passa a lidar com regras, aprendendo a segui-las. Se tiver abertura, ela poderá até questioná-las. Isso será fundamental para conviver em sociedade – quando se faz necessário seguir certas convenções, mas também tentar mudar o cenário para melhor, se possível.

Fonte: Revista Crescer.

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